quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Confissões

Você precisa me compreender que eu não só tenho uma família, mas também tenho agora toda uma turma, e isso é poder.

Mas não sou de acabar com a raça de ninguém, meu irmão.

Nunca tive o objetivo de matar ninguém, muito menos quando decidi participar daquele ataque de gangue.

Eu só queria ser aceito pelo grupo.

Um dia, porém, me forçaram a fazer algo que me abriu os olhos e eu me dei conta de que a coisa não era brincadeira.

Um dos meus camaradas foi assassinado e eu tive que dar o meu primeiro passeio de carro para matar.

Foi meio perturbador, ver como tentaram armar comigo.

Eu e o meu camarada estávamos indo para o oitavo bloco.

Pintaram uns amigos nossos e pediram para irmos a um certo lugar.

Estacionamos na esquina e o cara pôs um revolver enorme na minha frente.

Ele disse: "Você sabe o que deve fazer."

É hora de mandar bala pela turma.

Mas eu não era de matar ninguém.

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