quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Confissões

Eu estava a um metro do chão, ofegante, tentando fazer as mãos do meu pai soltarem minha garganta.

Eu olhei nos olhos dele e me perguntei se os meus pés jamais voltariam a pisar no chão.

Você já foi atingido com tanta força que o seu corpo foi parar longe?

Todos nós caímos em algum ponto da vida.

É assim que você aprende a recuperar-se.

Esse é o desafio de verdade.

Não é?

Eu sempre vivi no meu próprio mundo.

Eu danço para fugir dos meus problemas.

Aprendi que há luz até mesmo nos lugares mais escuros.

Não posso culpar meu pai por nada.

Não dá para esperar que os outros façam de você alguém feliz.

Mas, no fundo, eu sei que ele me amava.

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